Professores e funcionários da rede estadual de ensino do Paraná entraram em greve por tempo indeterminado nesta segunda-feira (3), em protesto contra o Programa Parceiro da Escola, proposto pelo governador Ratinho Jr. (PSD). O programa prevê a privatização de mais de 200 escolas estaduais e, segundo os manifestantes, ameaça a qualidade da educação pública, os direitos dos trabalhadores e o futuro dos estudantes.
Cerca de 20 mil pessoas, incluindo professores, estudantes e membros da comunidade, se reuniram em frente à Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) em Curitiba para protestar contra o projeto. A manifestação foi organizada pelo APP-Sindicato, que representa os professores do estado.
Durante a manifestação, os professores pediram a suspensão da votação do projeto e a abertura de um diálogo com o governo para buscar alternativas à privatização das escolas. Eles também criticaram o governador, afirmando que ele está desinvestindo na educação pública e que o Programa Parceiro da Escola é um ataque aos direitos dos trabalhadores.
A greve dos professores já está afetando as aulas em todo o estado. Segundo o APP-Sindicato, mais de 90% das escolas estaduais estão aderindo à greve. O governo do estado ainda não se pronunciou sobre o impacto da greve, mas disse que está aberto ao diálogo com os professores.
A manifestação dos professores é um importante sinal de alerta sobre o futuro da educação pública no Paraná. É fundamental que o governo do estado leve em consideração as demandas dos professores e da comunidade antes de tomar qualquer decisão sobre a privatização das escolas.
Em meio à greve, a população paranaense se mobiliza em apoio aos professores. Diversas entidades sociais e movimentos populares se manifestaram em solidariedade à greve e pediram ao governo que negocie com os professores.