Dalton Trevisan, o lendário “Vampiro de Curitiba”, morre aos 99 anos

O renomado escritor brasileiro Dalton Trevisan, autor de clássicos como O Vampiro de Curitiba (1965), faleceu em sua residência em Curitiba no dia 9 de dezembro de 2024, aos 99 anos. A causa da morte não foi divulgada, mas a notícia foi confirmada por familiares e pela editora Todavia, que planejava lançar uma coleção completa de suas obras em 2025, no centenário do autor.

Trevisan construiu uma carreira literária sólida e inovadora, marcada por uma escrita concisa que explorava o cotidiano e os dilemas psicológicos dos personagens. Com mais de 50 títulos publicados, sua produção inclui livros como Cemitério de Elefantes (1964), Mistérios de Curitiba (1968) e A Polaquinha (1985). Reconhecido por seu estilo único, ele foi premiado com o Jabuti em quatro ocasiões, além de receber o prêmio Camões e o Machado de Assis da Academia Brasileira de Letras.

Conhecido por sua reclusão, Trevisan se afastou das entrevistas nos anos 1970 e nunca compareceu a cerimônias para receber prêmios, tornando-se uma figura enigmática. Apesar disso, sua obra imortalizou a cidade de Curitiba, transformando suas ruas e personagens em protagonistas de histórias que encantaram leitores no Brasil e no exterior.

O governo do Paraná lamentou sua morte, destacando a relevância de seu legado literário. A obra de Trevisan continuará a ser uma referência para as próximas gerações, reafirmando seu lugar como um dos maiores contistas em língua portuguesa.